far out

23 de outubro de 2007

as flores do outro

se morreres não deixes a tua consciência por mãos nem bocas alheias. eu quando comecei a escrever este livro pensei-o em voz alta, impossível missão obrigou a que o não escrevesse. a minha consciência é o meu silêncio, perseguido por três ou quatro, aos pares, procuram-na em cadernos de metáforas que escondem a memória nos filmes mudos da minha imaginação. não haverá prova de nada, para além das feridas na carne e na alma das vítimas, isoladas entre elas para evitar a terapia de grupo... que serviria apenas para afirmar a loucura, não a minha, mas a delas, vítimas leigas.

se morreres, deixa-te ir, não te preocupes com os vivos, eles fazem da história o que melhor lhes serve. a tua consciência leva-a contigo. quando eu morrer desfaçam-me no fogo e joguem-me longe deste país... ou atirem-me ao mar.

2 comentários:

© Maria Manuel disse...

porque tuve vontade de copiar estaa palavras:

«se morreres, deixa-te ir, não te preocupes com os vivos, eles fazem da história o que melhor lhes serve. a tua consciência leva-a contigo.»

salamandrine disse...

o mar. ou uma árvore.